Pesquisar neste blog

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Visita ao Aero-Xerém em 25/02/2012

Em um dia muito quente eu, meu primo Pedro e meu sobrinho Hércules fomos ao Clube de Aeromodelismo Aero-Xerém. Não foram muitos aeromodelistas, acho que pela proximidade com o final do carnaval.

Tucano T-27 simplesmente maravilhoso. Pena que não tive a oportunidade de gravá-lo em vídeo em voo:
Tucano T-27 - observe o detalhe do co-piloto.
Ligando o motor:
Tucano T-27  dando partida 
O modelo foi posto em aceleração e deixado na base até o fim do tanque, talvez para algum teste:
Tucano T-27 - em aceleração máxima

Este Piper Cherokee elétrico voou bastante lá, infelizmente não o gravei em vídeo.
Piper Cherokke elétrico em passagem em baixa altitude
O Piper Cherokke elétrico não tinha trem de pouso, mas era munido de peças que protegem a asa ao tocar o solo:
Piper Cherokke elétrico - detalhe de abas de segurança abaixo das asas
Piper Cherokee vindo para pouso:
Piper Cherokee - quase tocando o solo.


Este Funtana X estava ótimo e foi magistralmente pilotado, deveria ter captado o voo em vídeo.
Funtana X - belo modelo.

Mayhem 40 com excelente motorização fez belo voo.
Mayhem 40
Mayhem 40

Fizemos experiência com o GPS Data Logger como forma de gravar a velocidade e o caminho percorrido pelo aeromodelo em voo.

Estava vendo um vídeo do Antônio Lázaro que entrou na era do voo FPV (first person view - ou visão em primeira pessoa) com OSD (telemetria) que informava em tempo real a velocidade do modelo. Muito maravilhoso, mas acho que para modelos no-FPV nossa solução mais simples seja mais recomendada, porque não agrega peso nada e não cria arrasto.
No notebook em primeira mão vimos o caminho percorrido pelo modelo e podemos até reconhecer que foi aquilo mesmo que o modelo fez.
O GPS Data Logger gera um arquivo que no Google Earth fica assim:
Tracker log com waypoints gerado pelo GPS Data Logger - note que ele informa a velocidade do modelo a cada ponto.
Com os waypoints (os pontos com as informações) a imagem fica muito poluída, mas se desabilitá-los na "Barra lateral" do Google Earth e afinarmos a linha do tracker log (caminho) obteremos o seguinte resultado:
Tacker log (caminho) do voo do Avistar no teste realizada naquela manhã.
Na "Barra lateral" do Google Earth desabilitando o tracker log (caminho) e desmarcando todos os waypoints e depois manualmente marcando os waypoints que nos interessam e usando a aba "Caminho" da ferramenta "Régua" podemos traçar uma manobra específica. Abaixo eu tracei a manobra de decolagem:
Caminho extraído do tracker log na decolagem - observe que meu sobrinho ao decolar foi levemente para esquerda e depois virou para a direita.
Se quiser ver o tracker log que gerou as imagens acima clique aqui para baixá-lo (acesse "Arquivo", depois "Fazer download"). O arquivo é aberto com o Google Earth.

Fiz há pouco um post sobre o assunto: GPS Data Logger usado em aeromodelos para medir velocidade


Peripécias no nosso Avistar .40
Avistar .40 - observe a câmera embaixo do trem de pouso.
Este é o vídeo resumo dos vôos do Avistar pilotado por meu sobrinho:


Ele errou no pouso (final do vídeo acima) e amassou o trem de pouso:
Avistar .40 com trem de pouso amassado - detalhe da câmera em cima da asa. 
Infelizmente a mini câmera HK não funcionou corretamente e não captou vídeos onboard. Estamos desconfiados que seja vibração em excesso, vamos estudar mais o problema e postarei o resultado depois.  

O Funder & Lightning KFm2 com 110 Cm de envergadura fez um voo seguro:
Funder & Lightning KFm2
Vídeo do voo do Funder & Lightning KFm2:

A motorização estava fraca, o modelo era mantido no ar por causa da baixíssima velocidade de estol, mas não era possível fazer acrobacias com segurança.

Parecia um modelo para velhinhas! Isto me desagradou muito porque a proposta do modelo é outra, que tem um potencial de acrobacia muito bom. Voltaremos a bancada e testaremos outros conjuntos motorizações/hélices. Se quiser ver detalhes do modelo acesse o post: Funder & Lightning KFm2 - voo e queda

Slideshow das fotografias do dia:

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Amaciando motor O.S MAX BE (bio-ethanol)

Estou apresentando este humilde tutorial com o fito de ajudar de aeromodelistas que estão adquirindo motores O.S. MAX BE (bio-ethanol) e não encontram na internete muito material se suporte sobre amaciamento desses motores.
O.S MAX .55AX-BE (bio-ethanol)

Primeiras considerações:

Este pequeno tutorial é dedicado a novatos como eu, então vamos presumir que você não tem nenhuma experiência nesse assunto, então, se faz importante algumas ponderações:

a) Amaciar é uma tarefa para ser feita com tempo de sobra;
b) Com a mente voltada a tarefa e vazia de outras preocupações;
c) É para ser feito com calma e requer muita paciência e persistência;
d) Por pequenos erros/enganos pode não funcionar nas primeiras tentativas;
e) É melhor executado por apoio de uma pessoa;
f) Nenhum manual/tutorial, vídeo explicativo pode substituir completamente a experimentação, então há muito a aprender com a pratica;

Se você não for uma pessoa paciente, não gostar de passar raiva, for muito ocupado, ou sem tempo disponível, talvez deva estudar a possibilidade de pagar alguém com experiência para amaciá-lo para você.

Lembre-se que o hobby é para diverti-lo e não para irritá-lo mais.
Divirta-se não se irrite com o aeromodelismo


Mas se gosta de desafios, gosta de tarefas DIY (faça você mesmo) e não se importa em "perder tempo" para aprender algo novo, então valerá a pena continuar. 

Prólogo - Conhecimentos básicos:


b) O que é amaciar um motor?

Amaciar são os processos que permitem que as partes móveis de um motor se ajustem visando prolongar a vida útil e o correto funcionamento de um motor novo. 

b) Geometria da camisa do pistão do O.S MAX BE:
Geometria do motor O.S MAX AX-BE - camisa cônica
A camisa é cônica (tipo ABC, pistão de Alumínio, cilindro de Brass ou latão e superfícies de Cromo), então este motor não pode ser amaciado completamente frio, para que a camisa se ajuste é preciso que ele esteja quente.

Isto quer dizer que o motor é muito duro para girar quando chega ao curso final superior, é óbvio que depois de amaciado esta característica diminui embora nunca fique completamente amacio naquele ponto. 

c) Posição correta da hélice

Isto é muito importante, se você for dar partida à mão. A hélice tem que ser instalada de tal forma  que quando o curso final superior do pistão (o ponto que há resistência para girar o virabrequim) é alcançado a hélice deve estar na posição do ponteiro pequeno do relógio como se estivesse às 2 horas, tal posição facilita bater manualmente o motor para pô-lo em funcionamento.

Veja a foto abaixo:
Imagem mostra a posição correta da hélice para dar partida (às 2h) - A partir desse ponto há uma certa resistência ao giro.

Se for usar stater elétrico como sugerido no manual acho que tal preocupação seja desnecessária.

d) Agulha de alta rotação

Controles da mistura dos motores O.S MAX AX-BE
O único ajuste que é necessário fazer ao amaciar o motor é na agulha de alta rotação, abrindo e fechando para pôr o motor em regimes de funcionamentos diferentes (quatro e dois tempos) e para enriquecer e empobrecer a mistura, o que diminui e aumenta a rotação máxima, esfriar e aquecer o motor, então saber usá-la é essencial, treine com o motor desligado para não cometer erros no momento do amaciamento.

O termo "mistura" refere-se a quanto de combustível entra no carburador para misturar-se com o ar. O termo "pobre" refere-se a pouco combustível e "rico" para muito combustível que entra no carburador para se misturar a mesma medida de ar.

A agulha de alta rotação se aperta (fecha) como um parafuso padrão. 

1- O que é necessário dar partida/usar o motor glow (especialmente em motores O.S BE):

Para usar um motor glow é necessário ter alguns aparatos simples e indispensáveis. Quase tudo é muito óbvio, mas é bom passá-los em lista:

a) Acendedor de vela ou ni-starter: Usado para aquecer a vela no momento da partida no motor;
b) Starter elétrico ou um bastão para bater a hélice: usados para produzir o movimento inicial no motor no momento da partida;
c) Chave de vela: É a 5/16, a padrão da Hobbico serve. É usada para tirar e colocar a vela do cabeçote.
d) Bomba de combustível: Usado para abastecer e desabastecer o tanque de combustível do aeromodelo. Para motores BE é a bomba usada para metanol.
e) Filtro de combustível: Usado para reter alguma partícula ou impureza antes de chegar ao carburador e evita entupimentos.
f) Tubo de silicone: Usados como manqueiras de combustível e pressão no aeromodelo e usado na bomba de combustível.
g) Vela para O.S BE: Lembre-se que a vela é diferente das O.S para metanol.

2- Manual dos motores BE em português com possível erro

Está amplamente divulgado na internete, mas acho importante deixar o link para o manual em português: http://www.bioetanolfuel.com.br/Manual/Manuais_OS-BE_35_55_75_120.pdf

Como qualquer manual, tem informações de menos, é um pouco confuso, mas leiam o manual, porque, mesmo assim ele possui informações importantes!

Com todo o respeito aos redatores do manual, mas acho que ele tem pelo menos uma impropriedade ou erro importante que dificultou muito nossas vidas de novatos (Hércules e eu).

Não tenho certeza se é um erro ou uma pequena confusão, mas deixou ao meu sobrinho e eu muito atrapalhados, mesmo lendo e relendo o manual e tentando segui-lo precisamente.

O erro ou a confusão está na página 30, item 3, refere-se a tabela de posições de fábrica da agulha de alta:
Cerca de 3,5 voltas (35BE e 55BE)

3 voltas e meia (55BE, o motor que nós amaciamos) é por demais "podre", pelo menos para meu .55BE. O nosso O.S BE hoje com o motor já amaciado e funcionando que é uma maravilha está  com 4 voltas, meia volta mais rico!

O que me levou a pensar que seria um erro no manaul foi a afirmação que segue no segundo parágrafo da página 31:
"A regulagem de fábrica assegura mistura rica", seriam 3 voltas e meia a partir da agulha toda fechada para o 55BE, mas regulado assim o motor apitava, esquentava e apagava em 30 segundos, bom pelo menos o nosso! Estávamos na época usando o combustível comercial para amaciá-lo.

ME INDAGO: Será que há alguma coisa errada com meu .55BE??? Que o faz funcionar com a mistura mais pobre do que o normal??? Se o seu motor .55BE ficar com a mistura rica com 3,5 voltas na agulha de alta, por favor, me informe por email (está em "Quem sou eu") para acrescentar esta informação aqui.

IMPORTANTE: Para conseguir a tal "mistura rica" no meu .55BE, depois de passar muita raiva, achar que tinha estragado o motor, pensado que o motor estava com defeito, eu fui abrindo a agulha até chegar a 6 voltas, então o motor funcionou de forma estável em "regime de quatro tempos".

Será que eu entendi algo errado? Abaixo tem um vídeo tutorial muito bom do usuário cjsninojr, na verdade o vídeo tutorial tão simples e didático que praticamente dispensa o trabalho que subscrevo, naquele vídeo ele repete o mesmo valor, mas no vídeo propriamente dito quando o motor é ligado está funcionando bem "gordo" (termo comum no campo, igual a mistura rica) e em "quatro tempos".

Meu conselho é USE A REGULAGEM APONTADO NO MANUAL PRIMEIRO, MAS fique atento ao som do motor, ao ligar ele deve ter este som:

É bom treinar o ouvido, então ouça várias vezes. Regule a agulha (abra) até chegar a este ponto.

Como treinamento escute, também, o som de "dois tempos" do motor quando a agulha de alta está mais fechada:



3- O amaciamento

Pensei em fazer um vídeo tutorial mostrando o processo, mas encontrei este ótimo no Youtube do usuário cjsninojr:

O autor está de parabéns pela iniciativa.


O processo todo é, resumidamente, dar partida no motor com a mistura muito rica e som de "quatro tempo" e deixá-lo assim por 1 minuto, depois fechar a agulha até o som ficar de "dois tempo" por 10 segundos, abrir a agulha para voltar ao som de "quatro tempo" por mais 10 segundos e assim por diante até o tanque acabar (página 33, item 2 do manual).

O que posso acrescentar que é bom ter alguém para cantar o tempo de mudança dos regimes de quatro para dois tempos e vice e versa. O processo todo demora bem mais tempo do que mostrado no vídeo, tudo deve demorar uns 10 minutos (o motor com mistura rica gasta bem mais combustível).

O motor demora meio segundo para responder ao ajuste da agulha, então feche/abra meia volta e espere o resultado, depois se percebe o ponto certo de cada mudança ("quatro" ou "dois tempos") e ficará fácil.

O que fiz a mais, mas foi da minha cabeça e não dou garantias, foi repetir com mais dois tanques esta última parte do processo de trocar os regimes de quatro para dois tempo a cada 10 segundos, mas pensando como o motor foi concebido para funcionar melhor em voo, isto deve ter sido desnecessário.

Para finalizar o amaciamento, já pronto para voo, deve dar partida no motor, empobrecer a mistura até chegar ao regime "dois tempos", mas sem exageros, quer dizer, a mistura deve continuar rica e a máxima rotação não deve ser alcançada (o fenômeno conhecido por "apitar" não deve acontecer) fazer alguns vôos assim e sem levantar muito o bico do modelo em voo (isto empobrece a mistura), e ir fechando um pouco (1/8 de volta) por voo para alcançar a potência máxima.
-----------------------------------------------------------------------------

Ultima observação: Requer paciência, mas dá para amaciar sem starter elétrico, batendo na mão mesmo.

-----------------------------------------------------------------------------
Bom amaciamento e excelentes vôos.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sky Raider do Jarbas de Jesus em montagem

Jarbas de Jesus, morador da cidade de Patos de Minas/MG e aficionado por aeromodelismo teve sua atenção despertada para meu blog em virtude do post "Fazendo combustível para motores O.S. BE (bio-ethanol) - parte II"

Ele escolheu para seu treinador o motor O.S Max .55AX-BE (Etanol), exatamente igual ao que uso. 

Segue fotografias do seu recém adquirido Sky Raider Mach 1 ainda não completamente montado:
Sky Raider Mach 1
Detalhe do encaixe da asa no berço
Visão de todas as peças do Sky Raider Mach 1



Jarbas, não se descuidou da eletrônica, além de um motor de primeira linha (O.S Max), escolheu um Futuba conforme lista que segue:

Aeromodelo: Sky Raider mach 1 asa alta
Motor: O.S 55AX Bioetanol
Radio: Futaba 7c 7ch 2.4 Ghz com 4 servos Futaba digital S3152 de alto torque
Bomba de combustivel: Dubro gas/glow
Aquecedor de vela: dubro 1.700
Helices: APC 12x6

Além dessa lista, eu sugeri que ele trocasse as pífias baterias Ni-Cd que vêm com o kit Futaba por baterias de alta capacidade Life para não ter dor de cabeça com isso, também, sugeri que ele adquirisse um monitor de voltagem.

Prometi e já estou trabalhando (está sendo um pouco trabalhoso) em um tutorial de como amaciar o motor O.S BE, já adianto para os incautos que não é possível amaciá-lo usando o manual que vem com ele, seja em inglês ou português.

Me felicita muito ver mais uma pessoa iniciando no hobby e principalmente de forma correta, com equipamento de boa qualidade. 

Muito boa sorte Jarbas de Jesus e bons vôos.

Visita Aero-Xerém em 20/02/2012

Visitei o Aero-Xerém na companhia de meu sobrinho Hércules, meu primo Pedro, que fotografou bastante, e um novo amigo e aspirante a construtor, o Luciano Estácio.

Era segunda-feira de carnaval, então não foram muitas pessoas, mas mesmo assim tinha coisa interessante para ver.

Este modelo é realmente incrível de se ver voando:
Modelo rápido e acrobático do Alexandre

Era necessário percorrer toda a pista para haver condições de decolagem, mesmo assim as condições de vento deveriam ser perfeitas. 
O modelo era pesado então seu voo era crítico. A primeira tentativa falhou

Esta tentativa quase falhou. Esta fotografia foi tirada ao mesmo tempo que o vídeo abaixo foi gravado:
O modelo do Alexandre finalmente alçou voo com certa dificuldade

O Modelo tem um voo muito rápido e acrobático, vejam o vídeo:



Este Telemaster foi munido com um motor de helimodelo:
Telemaster .30 com motor de helimodelo

O vídeo do Telemaster acima:



Nosso Avistar, também, não fez feio naquele dia:
Avistar .40 em um passagem baixa - foto do meu primo Pedro
Avistar pousando:
Avistar .40 prestes a tocar o solo

O nosso Avistar protagonizou um teste com GPS para medir a velocidade
Detalhe do GPS Data Logger sendo posto embaixo do trem de pouso do Avistar
Para maiores detalhes sobre esta experiência acesse o post GPS Data Logger usado em aeromodelos para medir velocidade

Slideshow das fotografias daquele dia:


GPS Data Logger usado em aeromodelos para medir velocidade

Eu, meu sobrinho e meu primo Pedro visitamos o Aero-Xerém, voamos, fotografamos e conversamos muito sobre assuntos relacionados ao aeromodelismo. 

Nosso Avistar .40 com o superdimensionado motor O.S MAX .55AX-BE está bem rápido e está nos deixando muito orgulhosos quanto a isto, apesar de ser um treinador e não ser o forte dele.

Em determinado momento meu primo perguntou se tínhamos ideia qual era a velocidade máxima que nosso modelo alcançava, respondemos que não sabíamos, então ele perguntou qual era a capacidade útil de carga do modelo, o que ele queria saber era se daria para o modelo carregar o GPS dele para sabermos a velocidade. 
Avistar .40 com GPS Data Logger instalado embaixo do trem de pouso

O aparelho que ele tem não lembra em nada um GPS comum, o aparelho é do tamanho de uma caixa de filme fotográfico, deve pesar uns 60 g. Ele armazena em um chip a cada período de tempo pré-programado (1s ou 10 s, por exemplo) a posição geoespacial de pontos formando um caminho. Medindo a distância entre aqueles pontos e calculando usando por referência o tempo pré-programado dá para estimar a velocidade média entre cada ponto, e, também, permite visualizar a trajetória percorrida usando o Google Earth.

Segundo meu primo, após a experiência, ele atualizou o firmware (programa que controla o dispositivo) e agora ele, também, grava a velocidade em Km/h, facilitando muito o trabalho, pois não há necessidade de cálculos.

Na prática cria um rastreamento completo dos movimentos do aeromodelo, conforme a imagem abaixo:
Observem que as curvas convergem para uma linha que é a pista onde estava fazendo as passagens.
As informações pertinentes ficam marcadas como pontos como na imagem abaixo:
O GPS Data Logger grava o dia, mês, ano, hora e segundos de cada ponto permitindo saber qual é a ordem em que eles se sucedem. 

Esta imagem mostra as redondezas do Aero-Xerém:
O clube fica onde está o marcador - dá para ver uma estrutura vertical que é a cobertura, a pista é a grama mais clara do lado esquerdo da estrutura

Clique aqui para fazer o download do tracker logger que gravamos naquele dia (Vá em "Arquivos", depois "Fazer download") - É visualizável com o Google Earth (clique aqui para baixá-lo)

O vídeo do voo em que gravamos o GPS logger:

Resultado calculado pelo meu sobrinho das velocidades do modelo:

  1. Taxiando: 6 a 10 Km/h
  2. Decolando: 27 a 52 Km/h
  3. Primeira volta com motor com regulagem ruim: 81 a 100 Km/h
  4. Pouso para ajustar a agulha de alta: Alça da curva: 50 km/h; aproximação final: 37 Km/h e toque: 25 Km/h
  5. Melhor volta: 105 a 132 Km/h!


Este modelo é muito parecido com o GPS Data Logger usado na experiência que realizamos e pode ser comprado por menos de R$ 200,00 no MercadoLivre.com:






domingo, 19 de fevereiro de 2012

Visita ao Aero-Xerém em 18/02/2012

Em um dia muito quente, sábado de carnaval, um punhado de aeromodelistas corajosos foram ao seu clube de aeromodelismo.

Voamos com nossos glow, mas o foco daquele dia foram os aviões elétricos:
Modelo elétrico em uma passagem rápida e baixa pela pista.
Este modelo está se tornando uma febre em nosso clube:
Piper Cub da Maishobby - com a decoração do Samir.
A febre é tamanha dos integrantes do clube que tive a oportunidade de gravar, um, dois, três vídeos, respectivamente, de um, de dois, de três modelos voando juntos em formação, foi bastante interessante, observem:

Um modelo pilotado por Jacque.

Dois modelos pilotados por Jacque e Bruno.

Três modelos pilotados por Jacque, Bruno e Ney. Puxa vida!

Não sou patrocinado pela Maishobby e nem tenho interesse em ser, mas este modelo chamou minha atenção por ter um envelope de voo bastante amplo, é bom treinador, o Samir novo integrante do clube está o usando para treinar, e ao mesmo tempo despertou o interesse do Jacque, experiente aeromodelista e aficionado em acrobacia.

O Jacque estava com esta zagui recém montada:

Este é o vídeo do voo da zagui do Jacque pilotado por seu filho Bruno (a esquerda na foto acima):


Para dizer que não voamos glow:


Slideshow das fotografias tomados naquele dia:

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fazendo combustível para motores O.S. BE (bio-ethanol) - parte II


Continuando o artigo sobre como fazer combustível para motores O.S. bio-ethanol, destacando que o "bio" é óbvio, pois o álcool etílico é feito de cana-de-açúcar.


Bio-Ethanol - combustível comercial
OS MAX .55 AX-BE
1- Como foi  a experiência de usar um combustível caseiro:

Quero compartilhar minha experiencia com o combustível "feito em casa" para este excelente e econômico motor O.S. MAX BE, FOI EXCELENTE! Não pude notar qualquer diferença entre o combustível comercial (de excelente qualidade, isto é inegável) e o made by Rivaldo Voador. O motor mostrou a mesma potência, torque, rotação, confiabilidade e economia, também, mostrou os mesmos problemas, ou melhor, as mesmas peculiaridades em relação a gostar de rodar um pouco "gordo", não gostar de "pegar" quando o motor está muito quente e "apitar" menos na hora de regular a mistura, quer dizer, se ficar muito pobre a mistura o motor começa a variar a aceleração e morre. Neste caso quando se mede a temperatura passa dos 90º C e não pega até ficar morno novamente.

Resumindo: Depois de quase seis meses de uso do combustível "feito em casa", usando a receita dada pela própria distribuída do combustível comercial e usando os produtos da qualidade recomendada, não dá para perceber diferença no desempenho do motor entre o combustível comercial e o caseiro.

2- Onde comprar na Região Metropolitana do Rio de Janeiro:

Os dois produtos químicos necessários para preparar o combustível são vendidos da Distribuidora de Produtos Químicos São Lázaro, situada na Rua Conde Agrolongo, 1092 - Penha, Rio de Janeiro - RJ, telefone: (21) 3592-6774. Para acessar o sítio eletrônico (clique aqui), mas não há muitas informações no sítio eletrônico, além da lista de produtos e o contato por formulário/email.

Para comprar é necessário fazer um cadastro na loja, é necessário apresentar o CPFCarteira de identidade, um comprovante de residência (se não me engano) e eles pedem o número do BRAmas não o exigem, então leve estes documentos. Nas próximas vezes basta se identificar para comprar.

Abaixo a localização no Google Maps da Loja:

Exibir mapa ampliado

3- O que comprar:

Para preparar o combustível, é importante ter alguns aparatos simples de química como uma provetacopo de Becker e um funil. Podem ser comuns e feitos de plásticos, poderíamos fazer o combustível sem eles, mas tê-los facilita muito e podem ser adquiridos na própria loja e são baratos.

É lógico que deve ser adquirido o álcool absoluto (99,5%) que é vendido em embalagens de 5 litros (custa ~R$ 5,00 o litro) e o óleo de rícino, que na loja é chamado de óleo de mamona, que é a mesma coisa, é vendido em embalagens de 1 litro (custa ~R$ 15,00 o litro). Importante ressalva que deve ser feita é que o óleo vendido lá NÃO É o óleo de rícino purificado para analise ou PA. O óleo tem cheiro muito forte, mas não parece  com o cheiro de óleo de rícino que sobra na queima nos motores, mas apesar disso é  cristalino. 

Li em alguns fóruns de discussões que este óleo é bom o suficiente para usar. E usar um óleo para PA seria considerado um exagero, todos do meu clube, que fazem combustível caseiro usam este óleo com diversas marcas de motores sem reclamações.

Li, também, em fóruns que alguns filtravam com dois filtros de papel para coar café o óleo de mamona antes de misturar ao álcool para reter impurezas invisíveis a olho nu, o que segundo quem postouaumentaria a qualidade do óleo.


4- Passos para preparar o combustível:


É muito simples preparar o combustível basta seguir alguns passos e prestar atenção em algumas coisas. Sequer as substâncias são tóxicas, o álcool não deve ser bebido, mas não é venenoso. O rícino do óleo de mamona é destruído no processo de produção, então, também, não é venenoso, não beba, pois deve dar diarreia, evite coçar os olhos, pois dá uma pequena coceira, mas como qualquer substância química deve-se ter cautela. Há risco sério de incêndio. NÃO FUMEM PERTO!

a- Coar o óleo de mamona

Se você, como eu, acreditar nas tais partículas invisíveis no óleo de mamona não purificado ou querer seguir os mesmo passos que eu faça o seguinte: 

Use o copo de Becker:
Copo de Becker

E um suporte para filtro de café grande comprado em qualquer supermercado:

Suporte de filtro de papel para café - grande

Ponha dois filtros de papel no suporte e acomode o suporte no copo de Becker de modo seguro e despeje devagar o óleo que é relativamente viscoso dentro do filtro até enchê-lo. Isto é um exercício de paciência, pois demora de dois a três dias para coar 1 litro de óleo, mas para coar uns 100 ml o suficiente para fazer 1,1 litro de combustível deve levar só umas quatro a seis horas, o que dará para fazer uns bons vôos.  

b- O quanto fazer de combustível por vez:

Um conselho, não faça mais combustível do que necessário para voar em um ou dois finais de semana, pois a umidade do ar degrada o combustível, como ficamos abrindo e fechando a garrafa de combustível no campo em condições adversas isto o contamina invariavelmente com água, é lógico que em um dia isto não fará mal, mas em vários dias causaria impacto na qualidade do combustível, então NÃO FAÇA 5 LITROS de combustível e leve ao campo. Talvez o tal antioxidante do combustível comercial faça falta, se você acreditar que isto seja verdade.

Também, um importante argumento é que da primeira vez que fizer o combustível você pode errar algo, se estragar um litro de combustível sobrara mais quatro para tentar.

c- Como preparar o combustível

Relembrando a receita 1 parte de óleo de rícino para 10 partes de álcool absoluto (99,5%).


INFORMAÇÃO ADICIONADA EM 17/04/2012:
----------------------------------------------------------------
DICA IMPORTANTE DO MOURA, experiente aeromodelista e que faz combustível há muito anos: a receita correta seria 1 parte de óleo de rícino para 9 partes de álcool absoluto, isto faria que a razão entre óleo/álcool ficasse exatamente 10 e 90%, respectivamente. Usando a receita que uso, a razão seria de 9.1% de óleo para 90.9% de álcool.

Segundo ele, a porcentagem correta de óleo para combustível etanol é 10%.

A receita dele é correta e segura, porém, muito conservadora. É sabido que os atuais motores são construídos a partir de uma metalurgia muito superior aos motores da época dos nossos pais e avós, de modo que os atuais motores suportam uma menor lubrificação sem maiores problemas.

A dica do Moura não deve ser desmerecida, nem eu a desmereço, é tanto que estou a incluindo aqui com destaque, mas acho para mim a minha receita está funcionando muito. Então use seu critério para decidir.

---------------------------------------------------------------

Então usando a proveta, pois é mais fácil de visualizar e dosar e  não sujará o álcool (veja o texto abaixo), mas pode ser usado o próprio copo de Becker:

Proveta - melhor que seja de pelo 500 ml

Usando o funil posto dentro da proveta despeje devagar (senão entorna tudo!) o álcool até a marca desejada, por exemplo, 500 ml, ponha numa mesa para ver a marca com precisão (a proveta funciona com um nível de pedreiro) se tiver passado um pouco da marca desejada, despeje com a própria proveta de volta no recipiente de álcool (por isto é bom começar pelo álcool e usar a proveta para não sujá-lo com óleo). Ponha o álcool medido no vasilhame de combustível que você levará ao campo com ajuda do funil. Repita tantas vezes quanto for necessário para completar o combustível que você quiser fazer, por exemplo, se for fazer um mais ou menos um 1 litro, serão duas vezes, se for fazer  ~1,5 litro, serão três vezes. Lembrando que sempre dará um pouco mais de combustível, pois entrará mais uma parte de óleo para cada 10 partes de álcool.

Depois usando o copo de Becker para não misturar o álcool com o óleo, caso seja necessário despejar de volta ao recipiente o óleo, se você passar um pouco da marca desejada, ponha a décima parte do que pôs de álcool, por exemplo, para um 1 litro de álcool, meça 100 ml de óleo, ou para 1,5 litro de álcool meça 150 ml de óleo e despeje no vasilhame de combustível que levará ao campo. Mexa um pouco, você perceberá que o óleo de mamona se dissolverá muito bem ao álcool e não decantará, bom eu não consegui perceber isto e o próprio movimento da viajam ao campo de voo deve remisturar muito bem o combustível.

O COMBUSTÍVEL ESTARÁ PRONTO!

d- Tingir o combustível

O combustível fica praticamente incolor, então fica difícil enxergá-lo na mangueira do motor, então para tingir o combustível é muito fácil, pegue celofane colorido, destes vendidos em papelaria, corte um pedaço do tamanho da metade de uma folha de papel e ponha dentro do combustível balance um pouco e tire o plástico e estará tingido.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Visita ao Aero-Xerém - 11/02/2012

Numa manhã nublada, mas abafada, tomei estas fotos e vídeos. Estava muito bom voar neste dia lá, pois estava sem chuva, sem vento e com ótima visibilidade.

Veja os destaques:
Close do Edge do Gilvan pintado de preto - apelidado de Caveirão 

Infelizmente o motor do Caveirão apagou - consegui pegar o momento exato do impacto do modelo no solo
O dia estava nublado, mas foi foi possível fazer excelentes vôos.

Mayhem 40 voando baixo
Abaixo um modelo da MaisHobby que acabará de ser vendido. Estavam montando a eletrônica para fazer um voo teste. Um pouco mais abaixo tem o vídeo do voo.
Piper Cup da MaisHobby sendo montado

Este vídeo mostra o voo do Piper recém montando:


Avistar do Alcimar passando rápido e baixo pela pista - senta acelerador

Abaixo um vídeo do clone do Easy Star da MaisHobby:



Slide de todas as fotos tomadas naquele dia.