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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Funder & Lightning KFm2 - voo e queda

Estou construindo este modelo para meu sobrinho Hércules. O modelo foi baseado no projeto do RCGroups.com (clique aqui). 

Fiz algumas modificações, como aumentar a envergadura para 110 Cm e usar perfil KFm2. O resto é igual ao projeto do RCGroups.com
Funder & Lightning - KFM2
Funder & Lightning - KFM2
Funder & Lightning - KFM2
Dados básicos:
Envergadura: 110 Cm; Corda média: 22 Cm
AUW: 570 g (ficou um pouco pesado)
Motor: TGY AerodriveXp SK Series 28-22 1200 KV 150W (poderia ter mais motor)
ESC: Turginy Plush 25A; Bateria: 3S - 2200mA/h
Servos: 3 HK 9g.
Hélice: 8x5



Minhas impressões sobre o voo foram que o ângulo acentuado que pus no downtrust foi exagerado fazendo o modelo picar quando eu acelerava, precisei cabrar muito o modelo para mantê-lo nivelado. Quando tirei o motor o modelo perdeu a tendência de picar, então acho que o CG não estava atrasado. O comando do profundor não estava ok, também, acho que o servo não estava muito bom. 

Estes dois fatores fizeram que fosse muito difícil manobrar o modelo com liberdade, não consegui fazer um looping, nem rolar o modelo. É óbvio que há algo errado com o modelo, pois todos que o construíram falaram muito bem das capacidades acrobáticas do modelo. Se não for isto, então o problema pode ser com o perfil KFm2, seja porque não se adaptou as características do modelo ou o fiz mal feito. 

Quando tentei rolar o modelo houve uma tendência muito grande do modelo picar, entrei em parafuso e derrubei o modelo.

Na queda o bico ficou bem danificado. A eletrônica, por sorte, sobreviveu ilesa.

Vou reparar o bico, diminuir bem o ângulo de downtrust e rever o servo/comando do profundor e tentar de novo.

Apesar da queda, foi bem divertido voar com o modelinho, que ficou até bonito.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Aeromodelo versátil: Biplano, asa alta e baixa e planador

Os aeromodelistas são pessoas versáteis, mas o Pereira membro do E-voo se superou. Criou uma plataforma que permite fácil e rapidamente a troca de um modelo asa alta para um asa baixa, biplano e até motoplanador!

O projeto é excelente, a construção é muito bem feita nos mínimos detalhes e tem ótimo acabamento.

Observem:
Asa alta



Asa baixa

Motoplanador

Biplano





O modelo foi muito bem projetado como se vê nas fotos que seguem:

A extensão da asas

Os espelhos para fechar a fuselagem em cima e em baixo, conforme a configuração desejada

Prendendo a tampa de cima.


Para ver todos os detalhes acesse a árvore de discussão do E-voo.com e parabéns para o Pereira.




Simuladores de aeromodelismo - quase de graça

Voar com aeromodelos começa quase sempre como um sonho. Conhecemos alguém que tem e voa um, ou vemos um filme ou reportagem sobre o assunto e começamos a desejar controlar estas mágicas máquinas voadoras.


Quando em dado momento nos aproximamos do hobby, descobrimos que controlar um aeromodelo de modo que ela faça o que nós queremos requer habilidades quase jedis (pelo menos esta é a impressão que dá nas primeiras vezes). 

A referência do modelo em comparação ao nosso próprio ponto de vista é algo que foge ao senso comum e como nossos cérebros funcionam. Se o avião está com a cauda virada para nós, tudo ok, mas quando fazemos a volta e o avião está de frente, o aparelho passa a ter os comandos invertidos! Não se engane: Isto vai fundir tua cabeça! 

Sem o devido treinamento voar por mais de 10 segundos ou fazer uma curva sem lenhar o modelo, talvez se torne impossível.


1- O advento dos simuladores de aeromodelismo


Para sorte de nós novatos e desorientados espacialmente a computação se desenvolveu ao ponto de se criar um ambiente de simulação muito próximo a experiência real de voar com aeromodelos, a física, o vento, falhas, a capacidade de manobras dos modelos e PRINCIPALMENTE a REFERÊNCIA passaram a ficar a um clique de distância. Com relação a referência é absolutamente igual   a experiência de voar, quer dizer, os tais comandos invertidos são exatamente como o são em um aeromodelo de verdade. Proporcionando um treinamento muito próximo da realidade neste aspecto.
Aerofly - Simulador comercial

RealFlight - simulador comercial - 




2- O simulador não dispensa obrigatoriamente a figura do instrutor.

Na verdade o simulador treina os dedos e o cérebro a pensar como um modelo age e reage aos comandos, mas é muito recomendável ter um instrutor gabaritado para aperfeiçoar os conhecimentos do aspirante a aeromodelista, senão o desastre pode ser inevitável ao tomar o controle de um modelo real.

3- Qual simulador usar?
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Existem muito simuladores comerciais, como o Realflight, Aerofly ou Phoniex, com vários implementos que aumentam a sensação de realidade. O RealFlight, por exemplo, permite voar em "slope". É claro que tais avanços tem um preço! Um simulador comercial custa tanto como um treinador básico.

 Mas há uma opção gratuita o FMS, este não tem um visual tão realístico como os comerciais, mas é uma mão na roda para começar a treinar os dedos e não fazer feio quando começar o treino com um instrutor. Qualquer instrutor sabe a diferença entre uma pessoa que começou a treinar em um aeromodelo sem passar por um simulador antes.
FMS - simulador gratuito - não tão bonito, mas uma opção viável

4- Joystick com formato de "TX"

Para simular melhor a experiência de controlar um aeromodelo nada melhor do que um joystick com o formato de um rádio transmissor igual aos usados para controlar aeromodelos de verdade. Existem vários no mercado, por exemplo, este da HobbyKing.com pode ser comprado por US$ 15,00 + frete no exterior.
5- Usando seu próprio transmissor como joystick
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Outra opção é encomendar um cabo adaptador USB e usar seu próprio rádio transmissor para controlar o aeromodelo simulado. A pegada é mais real, pois os dedos se acostumam com as nuanças do seu próprio transmissor dando confiança e precisão no momento do comando do modelo real. Existem muitos cabos no mercado, por exemplo, este da Hobbyking.com custa US$ 5,00 + frete

Na verdade não há necessidade de comprar um cabo USB, é possível usar um cabo P2-P2 mono como cabo treinador, seguindo este tutorial do site do Evandro. Será necessário instalar e configurar dois programinhas (PPjoy e o SmartPropPlus).


6- Opção mais barata de todas: usar um joystick com  analógicos

Sem dúvida é a opção mais barata, simplesmente, pegar um joystick tipo camelô clone do PS2 com dois analógicos que custam entre R$ 15,00 a R$ 20,00.

É a opção menos realísticas e haverá alguns problemas, por exemplo, este joystick são projetados para ter um ponto morto bem no meio do curso do comando de modo que se ele estiver totalmente centralizado não haverá controle ali, o negócio e ir dando comando e compensando o tempo todo (pelo menos você ficará bem esperto). Outro problema é que o analógico da esquerda tende a centralizar (é obvio) se for solto não permitindo um ajuste fiel da aceleração (o stick vertical da esquerda no modo 2 controla a aceleração e não centraliza automaticamente), para contornar isto vai ser necessário segurar o "acelerador" o tempo todo na posição desejada. 

Apesar disto tudo, semanas antes de começar meu treinamento com o mestre Ferreirinha no CMVM, foi assim que comecei a aprender a controlar o modelo no simulador. Na pista fez muita diferença.

Para ajudar um pouco na manipulação dos sticks, você poderá desmontar o joystick com uma chave de fenda e tirar as manoplas de borracha e encaixar dois parafusos, desta forma:
Joystick PC clone do PS2 - tirei as manoplas de borracha e atarrachei dois parafusos para um pegada mais realística


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

TGY AerodriveXp SK Series 28-22 1200 KV 150W - teste de bancada

Estou montando um pequeno avião elétrico para meu sobrinho brincar no trabalho dele e o modelo escolhido foi o Funder & Lightning pela facilidade de construção e características acrobáticas.

Montei a asa com perfil KFm2 e 110 cm de envergadura. Fora o perfil Kline-fogleman e fazê-lo um pouco maior, não há nada demais neste projeto em particular.
Funder & Lightning KFm2 e 110 Cm de envergadura

Para motorização tenha a disposição este motor:
TGY AerodriveXp SK Series 28-22 1200 KV 150W 
É um motor ruim (foi descontinuado) e com certeza estes 150 W inscritos não expressão a potência real do motor.
Para motores desta mau fadada série SK (são produtos assim que fizeram a má fama da HobbyKing.com), tem que haver um limite severo de corrente, por segurança, então estipulei para 3S (a única bateria que tinha para testar) o limite de 10A (~110W). 

Realizei teste de bancada com as hélices que tinha disponível. Segue o resultado: 

Hélice Corrente Potência RPM Empuxo
9x6E TGS 12A 148W 6800 500g
9x4.7E TGS 13A 160W 6800 510g
9x4 TGS 11A 135W 8100 390g
9x3.8SF  TGY 11.7A 141W 7600 523g
8x8 JXF 11A 136W 8070 370g
8x7¹  11A 136W 6600 350g
8x6E TGS 12A 148W 6300 360g
8x6 JXF 9.6A 116W 8700 420g
8x5² 9A 102W 8500 430g
8x4 TGS 9.4A 116W 9300 400g
7x6E TGS 8.7A 107W 9600 340g
¹ Eletric Master Aircrew; ² G/F 3 Series Master Aircrew; os campos em vermelho representam a ultrapassagem da margem de segurança estipulada.

Bateria Turginy 2200 mAh 3C (capacidade máxima do motor)
ESC Turginy Plush 25A
Tacômetro Turnigy
Watímetro Turginy
Sistema de medição de impulso estático à alavanca com uso de balança de precisão (presicão de ~5%)

Acredito que usarei a hélice 8x5 para empuxo ou a hélice 7x6E para velocidade se o modelo ficar em torno de 450g RTF como esperado.