Ainda pensando de modo geral em voar com planadores e de modo especial em voar em encosta. Comecei a pesquisar/construir modelos que possam ser capazes dar base para minhas primeiras experiências em slope.
É obvio, que melhor seria se eu me associasse a um grupo ou clube de planadorismo R/C para "aprender o caminho das pedras", mas isto para mim fica difícil, pois o mais próximo dista de minha casa mais de 30 km e sou um aeromodelista sem automóvel (ainda).
Gosto de modelos com aparência diferente e de construção alternativa, então achei o projeto perfeito, um clone do Alula, que já é um modelo estranho (ele tem um enflexamento negativo ~2 Cm, puxa vida!) e com perfil kline-fogleman ainda é melhor (veja no final do post uma explicação sucinta sobre o assunto)
O projeto básico tirei desse post: http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=116446
É da autoria do Alexandre Lopes o mesmo construtor do Nature motoplanador movido a energia solar.
Do post acima eu me baseie no V2 (KFm2 - depron 5 mm + isopor p0 10 mm):
Alula KFm2 |
Vista em perspectiva do modelinho. O pod é oco e a tampa é presa por dois pequenos parafusos.
Ainda não instalei os servos, mas eles ficaram um pouco a frente do meu dedão na foto (para adiantar o CG o máximo).
Alula KFm2 |
Vista de cima. O autor do post fez o modelinho um pouco menor e mais leve, mas como eu o quero colineiro, achei que isto iria ajudar, fazê-lo um pouco maior e mais pesado. Ele usou fita transparente para reforçar o isopor p0, mas não resisti em usar fita colorida, é a parte amarela e preta.
Alula KFm2 |
Vista de baixo. Meu modelo tem 98 Cm de envergadura. A corda na raiz tem 26 cm e a ponta 18 Cm (corda média 22 cm). Me baseie em outro projeto do RCGroups do Alula KFm9 para fazer o gabarito desenhado à mão. O desenho original estava em polegadas, acho que errei algo porque ela ficou gordinha.
Sem eletrônica está com 112g e vou emagrecer os servos, bateria e receptor o máximo para deixar bem leve. Vou adiantar a eletrônica o que puder, pois percebi (de outro projeto semelhante) que o modelo sem lastreamento fica com CG muito, muito atrasado (passando o desenho pela calculadora de CG, este entre fica entre 40 mm a 45 mm do bordo de ataque).
Os perfil Kline-fogleman, tem muitas teorias sobre como estes perfis em escada funcionam, mas não caberia aqui discuti-los (na verdade nem as entendo direito).
Explicarei os cuidados necessários para construir asas com estes perfis:
1) o passo ("step" na figura abaixo) e a porcentagem da corda onde haverá a escada contando com o aileron. Então, por exemplo, uma asa com 200 mm de corda (largura da asa) para o perfil KFm2 com o passo a 50 % da corda (consulte a tabela abaixo) então ficaria a 100 mm do bordo de ataque;
2) a espessura máxima ("thickness" na figura abaixo - isto é muito importante!) deve ser respeitada e cada perfil tem uma espessura máxima, por exemplo, a asa com 200 mm de corda para o mesmo perfil, a espessura máxima ficaria entre 14mm a 18 mm.
Para uma asa retangular tudo ok, mas minha dificuldade foi para asas trapezoidais, porque a corda varia. Minha Alula com 26 a 18 Cm de corda (raiz a ponta) uma média de 22 cm de corda, então foi daí que calculei a espessura máxima. Antes fiz um teste variando a espessura conforme a corda variava, mas isto complicou muito a construção e vi que todos as pessoas que trabalhavam com este perfil mantinham a espessura fixa, então resolvi calcular pela corda média mesmo!
3) o bordo de ataque (conselho do Alexandre Lopes diretamente para mim, ele frisou isto) é preciso fazê-lo como se fosse uma perfil comum, quer dizer, não basta arrendondá-lo, é necessário trabalhar com a lixa para fazer a curvatura correta do bordo de ataque para que o perfil funcione.
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